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Governo Federal entrega mil caminhonetes para reforçar combate ao mosquito Aedes aegypti no país

Publicado em:
19 de dezembro de 2018

Nova frota de veículos integra estratégia do governo para enfrentamento do atual cenário de risco de infestação do mosquito Aedes Aegypti nos estados e municípios. Dados do levantamento LIRAa 2018 apontam que mais de 500 cidades podem ter surto de dengue, zika e chikungunya

Confira aqui a lista dos municípios contemplados.

O presidente Michel Temer e o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, entregaram nesta quarta-feira (12), em Brasília (DF), mil caminhonetes, como força efetiva no combate ao mosquito, no atual cenário de risco dos municípios em relação ao mosquito Aedes aegypti. Durante solenidade, foram entregues 600 caminhonetes, que serão destinadas às regiões Centro-Oeste e Sudeste. Os outros 400 veículos também já estão disponíveis para as demais regiões.

São 240 para a região Centro-Oeste; 155 para a região Sudeste; 280 para o Nordeste; 230 para o Norte; e 95 para o Sul. O critério para definição dos estados e regiões foi epidemiológico e entomológico (infestação do mosquito), além de concentração populacional. Com essas caminhonetes os estados e municípios podem acoplar os equipamentos de fumacê para ações locais. O quantitativo se soma às 375 caminhonetes adquiridas no início deste ano e já distribuídas para 26 estados do país.

Na ocasião, o ministro da Saúde apresentou os dados do Levantamento Rápido de índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) e lançou o Sistema Integrado de Controle de Vetores (SIVector). A nova ferramenta traz informações georreferenciadas para o controle do Aedes aegypti e Aedes albopictus, mosquitos transmissores das doenças dengue, zika e chikungunya nos municípios.

Dados do LIRAa indicam que 504 municípios brasileiros apresentam alto índice de infestação, com risco de surto para doenças transmitidas pelo mosquito. Ao todo, 5.358 municípios de todo o país, 96,2% da totalidade de cidades, realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito, sendo 5.013 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 345 por armadilha. A metodologia armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.

Além das cidades em situação de risco, o LIRAa identificou 1.881 municípios em alerta, com o Índice de Infestação Predial (IIP) entre 1% a 3,9% e 2.628 municípios com índices satisfatórios, inferiores a 1%. Todas as capitais do país realizaram um dos monitoramentos de mosquito: 25 realizaram o LIRAa; e duas, armadilhas. Estão com índices satisfatórios os municípios de Curitiba (PR), Teresina (PI), João Pessoa (PB), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Macapá (AP), Maceió (AL), Fortaleza (CE) e Aracaju (SE). As capitais com índices em estado de alerta são: Manaus (AM), Belo Horizonte (MG) Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), São Luís (MA), Belém (PA), Vitória (ES), Salvador (BA), Porto Velho (RO), Goiânia (GO) e Campo Grande (MS).

Já as capitais Palmas (TO), Boa Vista (RR) Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC) estão em risco de surto de dengue, zika e chikungunya por apresentarem Índice de Infestação Predial (IIP) igual ou superior a 4%. As capitais Natal (RN) e Porto Alegre (RS) fizeram o levantamento por armadilha. Todas as formas de coleta de dados ocorreram no período de outubro e novembro deste ano.

O mapa da dengue, como é chamado o Levantamento Rápido de índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do mosquito e das doenças. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.

O Ministério da Saúde recomenda aos municípios que realizem ao menos quatro vezes ao ano o LIRAa para que os gestores locais definam suas estratégias de prevenção. Em janeiro de 2017, o Ministério da Saúde publicou Resolução nº 12 que torna obrigatório o levantamento entomológico de infestação por Aedes aegypti pelos municípios e o envio da informação para as Secretarias Estaduais de Saúde e destas, para o Ministério da Saúde. A realização do levantamento está atrelada ao recebimento da segunda parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra que é utilizado exclusivamente para ações de combate ao mosquito.

Criadouros de mosquito

A metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os principais tipos de criadouros, por região. Os resultados reforçam a necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a dengue, zika e chikungunya, em especial nas cidades em risco e em alerta.

O armazenamento de água no nível do solo (doméstico), como tonel, barril e tina, foi o principal tipo de criadouro na região Nordeste. Na região Sudeste o maior número de depósitos encontrados foi em domicílio, caracterizados por vasos/frascos com água, pratos e garrafas retornáveis. Nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sul predominou o lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção.

Sistema integrado de controle de mosquitos

O Sistema Integrado de Controle de Vetores (SIVector) substituirá o Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue (SISPNCD) com informações georreferenciadas para o controle do Aedes aegypti Aedes albopictus. O software unirá dados epidemiológicos (casos das doenças) do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) com dados de controle vetorial e entomologia (LIRAa/LIA), possibilitando uma análise mais detalhada e em tempo real da situação dos estados e municípios.

O sistema irá possibilitar ao município um melhor controle das atividades de combate ao Aedes, apresentando, de forma visual, as áreas que devem ser priorizadas. A partir do próximo ano, os estados serão capacitados para utilização da ferramenta.

Fonte: site Conasems

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